Babaçu: um mapeamento essencial para Barras do Marataoã
- dilsonlages
 - 20 de set.
 - 2 min de leitura
 

Esse foi o tema da palestra da professora do Instituto Federal do Piauí, a barrense Valdira de Caldas Brito Vieira, doutora em Agronomia e pós-doutora em sensoreamento remoto, ao Tributo à Cidade Natal 2025. O babaçu, além de elemento de identidade, constitui-se em elemento importante na vida econômica do Município.
Leia transcrição de trecho da palestra da professora Valdira de Caldas:
"(...)
Nós fizemos levantamento de, acho, 64 municípios no estado todo. Municípios que teriam uma produção, que de alguma forma apresentavam uma produção do Babaçu. Mas era uma área muito grande. Terminamos fazendo alguma seleção e aqui dentro da área que a gente trabalhou, eram 42 municípios. Dentro dessa seleção, nós tivemos que reduzir por conta das dificuldades. Nós mapeamos, de qualquer forma, 25 municípios. Então, 25 municípios foram mapeados em busca de área de Babaçu.
Esse mapeamento foi feito com imagem de satélite. Nós usamos uma imagem de um satélite que se chama RapidEye. (...)
A gente sabe que a cadeia produtiva do Babaçu é uma das mais representativas do Brasil. Tem uma área de entre 13 e 18 milhões de hectares, distribuídos em 279 municípios e 11 estados. Então, realmente é um trabalho de importância a questão do extrativismo do Babaçu.
Muitas famílias sobrevivem dessa renda que é tirada do Babaçu. Então, aí dentro tem uma coisa que é social, que é muito importante e que a gente chamou atenção aqui nesse trabalho, a grande importância da sobrevivência dessas famílias que vivem a partir desses produtos e subprodutos do Babaçu. E hoje a gente está com preocupação cada vez maior. Nós temos associações.
Segundo a Embrapa, o Babaçu é considerado um dos recursos extrativistas do Brasil e existem muitas pesquisas tratando já da fabricação de biocombustíveis, como biodiesel, bioquerosene, a partir do Babaçu, embora isso seja um tema que precisa ser muito estudado, porque, de qualquer forma, a gente tem que ter muita cautela para não prejudicar a parte ambiental.
Bem, pessoal, vou passando aqui na parte de revisão bibliográfica. A gente vê um pouco da caracterização botânica do Babaçu. Eu vou me ater mais lá nos resultados. Então vou passando um pouco para vocês aqui sobre o Babaçu, um pouco sobre quais são as partes que são aproveitáveis do Babaçu. Na verdade, quando a gente diz que do boi aproveita até o chifre, do Babaçu se aproveita tudo também; tudo é possível de gerar um produto, e a gente trabalha muito com isso para, exatamente, gerar novos produtos farmacêuticos, cosméticos. Tudo isso é possível; todos esses são subprodutos do Babaçu.
(...)
Fizemos essa seleção aqui e decidimos trabalhar com 25 municípios. Aqui a gente tem a produção de 2006 a 2013, o período do trabalho.
Percebemos os maiores produtores: Barras, Miguel Alves e União. Temos uma média que é a seguinte: Barras, de 819,88 toneladas, Miguel Alves, 821 e União, 715.Esperantina, com 324, Campo Largo, 208. Então, vai reduzindo a produção.
Assista à palestra "Babaçu: um mapeamento essencial para Barras do Marataoã", ministrada pela professora Valdira de Caldas Brito Vieira.
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