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Museu Virtual de Barras do Marataoã (1).png

Leia Barras da Saudade e do Marataoã, coletânea de Elmar Carvalho.

  • dilsonlages
  • 13 de abr.
  • 2 min de leitura


"A velha Rua Grande de Barras do Marataoã

Elmar Carvalho


Na minha meninice e adolescência, na época das férias escolares, algumas vezes fui passar dias em Barras; eu notava que estava chegando no momento em que o “horário”, do tipo gaiola, começava a descer a curva da ladeira. Logo eu avistava a ponte e a barragem, de margens então muito verdejantes. Às vezes, ao olhar para a direita, eu avistava um ou dois caminhões, que iam buscar areia ou barro para alguma construção. Sentia que a cidade trabalhava, que a cidade progredia.


Ao deixar a estrada o ônibus entrava na Rua Leônidas Melo, e parava na agência, no centro da cidade. Algumas vezes eu ia passar dias em Ameixas, uma localidade rural perto da cidade, hóspede de dona Noca e João Cardoso, nossos parentes. Outras vezes ficava na cidade, acolhido por Salomão de Sá Furtado, primo de meu pai. Ele morava na antiga Rua do Fogo, cujo nome fora mudado para Leônidas Melo, em homenagem ao ilustre médico barrense, que governara o Piauí por dez anos.


A Rua Marechal Taumaturgo de Azevedo, outrora chamada Rua Grande, lhe fica perto, e lhe segue paralelo até o centro da cidade, quando passa na frente da Prefeitura. Passava na frente da igreja velha e passa por trás da igreja atual, isto porque o vetusto templo católico, demolido, era voltado para o rio e para o poente, ao passo que o novo, construído em seu lugar, tem o frontispício direcionado para o nascente. Taumaturgo fora outro dos vários governadores, que nasceram na Terra dos Governadores, epíteto da velha urbe. Mas Barras não é apenas terra de governadores, mas também de marechais, generais, escritores, artistas e poetas. Poderia citar vários. Mas não o farei. Ficarei adstrito ao meu tema, que é a velha rua."


Esse é um trecho de Barras da Saudade e do Marataoã, de Elmar Carvalho, uma coletânea com várias crônicas que o escritor de origem barrense, membro da Academia Piauiense de Letras e de outras instituições, organizou para homenagear a cidade natal de seu pai, Miguel de Carvalho.


Leia o restante da crônica e outros textos escritos sobre Barras por Elmar Carvalho



 
 
 

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